Paixões Ardentes

Exagerada toda a vida: minhas paixões são ardentes; minhas dores de cotovelo, de querer morrer; louca do tipo desvairada; briguenta de tô de mal pra sempre; durmo treze horas seguidas; meus amigos são semi-irmãos; meus amores são sempre eternos e meus dramas, mexicanos!

(Clarice Lispector)

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As paixões se opõem às paixões, e podem servir de contrapeso umas às outras; mas a paixão dominante não se pode conduzir senão pelo seu próprio interesse, real ou imaginário, porque ela reina despoticamente sobre a vontade, sem a qual nada se pode. Contemplo humanamente as coisas, e acrescento nesse espírito: nem todo o alimento é próprio para todos os corpos; nem todos os objetos são suficientes para tocar determinadas almas. Quem acredita serem os homens árbitros soberanos dos seus sentimentos não conhece a natureza; consiga-se que um surdo se divirta com os sons encantadores de Mureti, peça-se a uma jogadora, que está a jogar uma grande partida, que tenha a complacência e a sabedoria de se enfadar durante a mesma, nenhuma arte pode fazê-lo.

Os sábios se enganam quando oferecem a paz às paixões: as paixões são inimigas dela. Eles elogiam a moderação para aqueles que nasceram para a ação e para uma vida agitada; que importa a um homem doente a delicadeza de um festim que lhe repugna? Nós não conhecemos os defeitos de nossa alma; mas ainda que pudéssemos conhecê-los, raramente haveríamos de os querer vencer.
As nossas paixões não são distintas de nós mesmos; algumas delas são todo o fundamento e toda a substância da nossa alma. O mais fraco dos seres iria querer perecer para se ver substituído pelo mais sábio? Dêem-me um espírito mais justo, mais amável, mais penetrante, aceito com alegria todos esses dons; mas se me tiram também a alma que deve desfrutar dele, esses presentes não são nada para mim.
Isso não dispensa ninguém de combater os seus hábitos e não deve inspirar aos homens nem abatimento nem tristeza. (...) A virtude sincera não abandona os seus amantes; os próprios vícios de um homem bem nascido podem passar a contribuir para a sua glória.

(Luc de Clapiers Vauvenargues)
(Citador)

A saudade entrou nos meus aposentos,
Na parte mais íntima do meu coração,
Deixando ardentes meus sentimentos,
E meus sentidos em convulsão.

Vejo sem olhar a pessoa que amo,
Escuto sem ouvir sua boca falar
Porque saudade é a presença que clamo
De quem não está, mas tento recordar.

A saudade ficou, não quer ir embora
E não me importo que queira permanecer.
A saudade é o amor, aqui e agora,
O encurtar da distância, imaginar e viver.

Horas profundas, lentas e caladas
Feitas de beijos sensuais e ardentes,
De noites de volúpia, noites quentes
Onde há risos de virgens desmaiadas

Ouço as olaias rindo desgrenhadas
Tombam astros em fogo, astros dementes.
E do luar os beijos languescentes
São pedaços de prata pelas estradas

Os meus lábios são brancos como lagos
Os meus braços são leves como afagos,
Vestiu-os o luar de sedas puras

Sou chama e neve branca misteriosa
E sou talvez, na noite voluptuosa,
Ó meu poeta, o beijo que procuras!

Agora sim, meu coração está completo de felicidade! É que hoje é Carnaval! Este é o dia de todas as emoções, a jornada das paixões, das cores novas e do samba no corpo, na mente, na pele! Feliz Carnaval para todo mundo é meu profundo desejo para hoje!

O dia cede o lugar à noite e a luz esmorece na escuridão; a paz e o silêncio que ela carrega embalam os corações, e às vezes despertam inquietudes, desejos e paixões.

A noite é mágica transformada em sonho, é sonho que se vive de olhos fechados e às vezes abertos. Boa noite, meus amigos, e que a paz e a alegria reinem em seus sonhos!