Abraçar o Jiu-Jitsu

Faça uma avaliação geral na sua vida e descubra o que não está deixando você focado ou entusiasmado com o treino ou competição. Briga com a namorada, falta de apoio da família, falta de dinheiro, ambiente de treino, dificuldade de transporte, falta de direcionamento, estar de mal com o mundo. Esses são só alguns empecilhos para testar se você realmente tem o olho de tigre necessário para abraçar o Jiu-Jitsu de vez.

(Saulo Ribeiro)

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O Jiu-jitsu não persegue, apenas, um ideal de defesa pessoal ou o ouro nas competições. Muito mais que isso, engloba um conjunto de conhecimentos que transportam o Budo, essa quintessência das artes marciais do oriente.

Ao apresentar-se, o principiante busca, normalmente, aprender as técnicas que lhe permitam defender-se eficientemente de eventuais agressões físicas. Mas também, muito normalmente, ele perde o auto-controle se for agredido moralmente. Já o iniciado, o graduado, deverá perseguir o Budo desenvolvendo um equilíbrio entre a sua parte física e a mental, buscando atingir um profundo auto-conhecimento. À medida que o iniciado progride na escala hierárquica, deverá, cada vez mais, dominar-se a si mesmo, da mesma forma que pode dominar seus adversários; deverá, cada vez mais, concentrar-se no desenvolvimento de sua harmonia interior e na sua interação e integração com o Universo.

Todo aquele que atingir o nível de Sensei ou Shi-han julgando-se invencível ou superior, não tendo desenvolvido um excelente autocontrole psicossomático, nem tendo conhecido as verdadeiras essências da Arte da Suavidade e da Suavidade da Arte, não é um Sensei nem um Shi-han: é um imbecil. Pode até ter passado a vida ensinando Jiu-jitsu, mas na realidade não conseguiu aprender nada! Acabou morrendo na praia. Esta dica serve de alerta para muitos principiantes, que buscam, apenas, vencer uma briga no lusco-fusco de uma danceteria da moda. Não é preciso quebrar o pescoço de um desafeto para provar que se pode vencê-lo; é necessário, apenas, saber que se pode vencê-lo.

Nas entrelinhas do treinamento, o professor deve deixar o Jiu-jitsu trabalhar a energia interior de seus discípulos; evitar que usem demasiadamente a força bruta; desenvolver no espírito deles o espírito da Arte Suave; promover neles o melhor equilíbrio entre razão e emoção. Le coeur a des raisons que la raison elle-mêmme ne connait pas: o velho filósofo francês dizia que o coração tem razões que a própria razão desconhece. Para um praticante verdadeiramente bem desenvolvido em Jiu-jitsu, esse desconhecimento será o menor possível.

Saber dominar e controlar seu corpo e sua mente é o objetivo final do iniciado em Jiu-jitsu. A luta é apenas uma parte integrante do caminho que leva a esse objetivo, porque quem possui a morte nas mãos deve possuir, também, a responsabilidade e a coerência daí decorrentes. Boa parte da Sabedoria está em poder distinguir o todo da parte e a parte da meta. Quem não consegui-lo, jamais será um verdadeiro sensei.

Por melhor que seja, um livro não pode condensar a filosofia do Jiu-jitsu num único capítulo. A filosofia só pode ser transmitida pessoalmente, aos poucos através dos anos, com a vivência e a convivência entre professores e alunos. Formar um lutador é fácil, a dificuldade consiste em formar um discípulo. Eu mesmo já formei muitos lutadores, ótimos lutadores, mas meus discípulos se contam com os dedos de uma só mão. Meus alunos poderão até levar avante a minha técnica, porém, somente meus discípulos conseguirão imortalizar minha memória, junto com a filosofia, o conhecimento e os segredos que herdei de Américo e de Loanza ().

E assim será com todos os outros professores que ensinam o verdadeiro Jiu-jitsu.

(Jiu Jitsu & Judo)

Para muitos o chão, é o fim Para nós é só o começo.

Não basta ser Jiu-Jitsu, tem que ser Brasileiro

Se um dia você cair, não se preocupe, está na sua área.

Onde nós (lutadores de Jiu-Jitsu) colocamos o rosto, muitos não tem coragem de colocar o pé.

Pra que ter medo de altura, se o perigo está no chão?

Jiu-Jitsu é a arte suave que controla meu lado agressivo.

Jiu-jitsu: melhor saber e não precisar do que precisar e não saber.

Dê-me um braço e um ponto de apoio e finalizarei o mundo. (Prof. Edson)

Davi usou a pedra porque não conhecia o jiu-jitsu.

A raiva me levou ao Jiu-Jitsu, mas o amor me fez ficar (Abmar Barbosa)

É fácil andar com o Jiu-jitsu estampado no peito, difícil é ter peito pra praticar o Jiu-jitsu.

Você pensa que bater é ganhar, mais para nós bater é perder.

O jiu jitsu é arte mais nobre pois dá a chance de seu oponente desistir.

Jiu-jitsu não é a arte de não bater e sim a arte de não apanhar.

Cuidado! Seu oponente pode ser um lutador de jiu-jitsu.

Jiu Jitsu, uma arte não tão suave assim.

Não use o Jiu-Jitsu como arma, mas como um esporte que oferece uma filosofia de vida.

O verdadeiro homem não é aquele que extravasa sua força física, mas sim aquele que domina sua força interior.

Quem luta não briga.

Odiada por muitos, amada por poucos, respeitada por todos.

Medo todos tem. A diferença é que o covarde não controla seu medo, e o corajoso o supera.

Jiu-Jitsu, suave arte de quebrar ossos.

No computador eu não uso o X de fechar eu uso o Finalizar Programa.

Existem bons lutadores que praticam boas lutas, porém existem os melhores lutadores que praticam a melhor luta: JIU-JITSU.

No tatame entra quem quer, mas só permanece quem pode.

O quimono é minha ALMA.O tatame minha CASA. o JIU JITSU minha VIDA

Está no inferno: abraça o capeta, leva ele pro chão e finaliza.

Jiu-jitsu não é Disneylândia, é selva total.

Treino difícil. Luta fácil.

O jiu-jitsu é para todos, mas nem todos são para o jiu-jitsu.

Mínimo de força, máximo de eficiência.

Faixa só serve para segurar as calças. (Mestre Hélio Gracie)

Jiu-Jitsu é tempo ruim o tempo todo. (Wallid)

Jiu-Jitsu é igual roleta russa. Tente a sorte e o azar é certo.

Levantar 150kg de bunda pra cima é a coisa mais difícil do mundo. (Carlson Gracie)

Se você não treina e acha que é casca grossa, entra no tatame que tu vai ser descascado.

The only way to beat jiu-jistu is to learn jiu-jitsu.

Se doer bate. Não bateu grita, não gritou quebra.

(Vinicius Braga)

Tatame que estais debaixo de nossos pés
Abençoada seja nossa luta
Fortificai o nosso treino
E que seja eu mais forte que o meu adversário
Assim na raspagem como na imobilização
Kimono meu de cada dia
Não rasgai hoje
Perdoai, os nossos triângulos mal feitos
Assim no treino como no campeonato
Não nos deixeis cair em finalização
Mas livrai-me do armlock aéreo
Amém!

Senhor. Peço sua proteção antes de entrar na área de luta.
Ilumina a minha mente para que eu seja inteligente suficiente pra saber me defender dos ataques do meu adversário.

Fortifica meu corpo para que eu seja capaz de suportar os golpes do meu oponente sem me abalar.
Orienta minhas ações para que eu saiba atacar com sabedoria.

Governa meu corpo para que minha força se multiplique e meus golpes sejam eficientes.
Senhor faz com que essa luta seja limpa, franca, justa e que eu tenha sucesso, pois muito tenho trabalhado para isso.

Livra-me dos perigos, dos acidentes e de qualquer situação que possa me impedir de construir a minha felicidade.
Acompanha-me e certifica-me de que estarei indo ao encontro das minhas melhores opções a vitória!

É triste constatar a seguinte realidade: se você acha que pratica o verdadeiro Jiu-Jitsu, saiba que provavelmente não é verdade. O verdadeiro Jiu-Jitsu está morrendo. Salvo raras excessões, aquela arte marcial, mais eficiente que todas as outras, tal como sempre ouvimos falar, quase não existe mais. Não digo que o que você aprende hoje em dia não seja suficiente para se defender e até fazer bonito em cima de um fanfarrão qualquer, mas: você sabe defender-se de um ou mais agressores em uma briga de rua? Ou você nunca treinou defesa pessoal, acreditando que na hora pensará em alguma coisa? Não se engane. Em se tratando de luta, como diziam os antigos mestres, ou você sabe ou não sabe. Se não treinou, não sabe, ponto.

O antigo judô, ou Kano Ju-Jitsu, era uma arte marcial completa, derivada do antigo JuJutsu (arte marcial sem armas praticada pelos antigos samurais). Mestre Kano criou uma arte marcial e não um esporte como alguns fazem crer. Inclusive o Jiu-Jitsu desenvolvido pela família Gracie, no Brasil foi ensinado a Carlos Gracie por por Mitsuyo Maeda, o Conde Koma, que treinou a arte suave na Academia Kodokan de Jigoro Kano lá no Japão. Então, fica a pergunta: O que ocorreu com o Judô afinal de contas? Foi exatamente o mesmo que vem acontecendo com nosso Brazilian Jiu-Jitsu na atualidade: Uma arte marcial quando vira esporte, acaba sucumbindo a tantas regras que perde sua marcialidade. Se por um lado a arte marcial sendo divulgada como esporte atrai mais e mais adeptos buscando a tal arte marcial perfeita, por outro lado, as academias visando apenas medalhas e títulos ensinam cada vez menos o que os alunos mais ansiavam num primeiro momento (olha a redundância aí!). Hora, aquele aluno que sempre ouviu falar que o Jiu-Jitsu é a arte marcial mais eficiente do mundo acaba por empolgar-se realmente quando tem contato com ela (afinal Jiu-Jitsu é empolgante mesmo) mas sem saber, acaba praticando apenas uma das várias vertentes do jiu jitsu, ou seja, a parte esportiva que visa apenas testar conhecimento na arena entre os atletas. Se o professor não for muito consciente da rara oportunidade que tem nas mãos, de desenvolver seres humanos cada vez mais fortes e confiantes, não passará para eles a parte de defesa pessoal do jiu jitsu que é o que realmente interessa. Vejamos o que o grande mestre Hélio Gracie disse a respeito quando ainda em vida em entrevista à Fightingnews:

O Jiu-Jitsu que criei foi para dar chance aos mais fracos enfrentarem os mais pesados e fortes. E fez tanto sucesso, que resolveram fazer um Jiu-Jitsu de competição. Gostaria de deixar claro que sou a favor da prática esportiva e da preparação técnica de qualquer atleta, seja qual for sua especialidade. Além de boa alimentação, controle sexual e da abstenção de hábitos prejudiciais à saúde. O problema consiste na criação de um Jiu-Jitsu competitivo com regras, tempo inadequado e que privilegia os mais treinados, fortes e pesados. O objetivo do Jiu-Jitsu é, principalmente, beneficiar os mais fracos, que não tendo dotes físicos são inferiorizados. O meu Jiu-Jitsu é uma arte de autodefesa que não aceita certos regulamentos e tempo determinado. Essas são as razões pelas quais não posso, com minha presença, apoiar espetáculos, cujo efeito retrata um anti Jiu-Jitsu.

(João Pedro Guimarães)
(Jiu Jitsu Uberlândia)