A Planta
De dentro de uma semente rasgou, certo dia, uma planta. Ainda era muito cedo para brotar, mas era melhor o frio externo do que suportar a casca que lhe sufocava. O vento lhe queimava a pele, e a sol forte quase não a deixava respirar. A terra onde nasceu era seca, e as pedras impediam que criasse raízes. Mas as raízes insistiam em crescer, e apodreciam porque no solo não conseguia se fixar.
Suas folhas pequeninas não sobreviviam muito além de alguns dias, logo secavam e caiam por terra. E a planta se deixou levar ao vento, na esperança de encontrar solo fértil. Areias quentes, alagados, solo infestado de raízes velhas. Em algum lugar precisava encontrar terra, onde pudesse florescer, mas na terra não houve um só canto onde pudesse fixar suas raízes, e numa estranha mutação a planta aprendeu a se nutrir do vento. E se acostumou a ver suas folhas caírem por terra, e frutos nunca ter.
Por muito tempo viajou por mundos ignotos e conheceu seus costumes. Por muitos mundos ela passou sem ser notada. Por outros deixou suas folhas secas nutrindo a terra. Seu sonho era ser como as outras plantas, criar raízes, florescer, frutificar. Um dia um jardineiro a recolheu num vaso, e ali regou suas raízes, e ela cresceu e floresceu, sentia-se viva e feliz. E por uma vez sentiu o calor da terra. Sentiu suas raízes crescerem, sentiu pela primeira vez sua natureza de planta
Todo o seu ser lhe foi grato, como se na vida toda estivesse esperando por este momento. O jardineiro lhe deu o precioso momento de ser e a planta nunca esquecerá do jardineiro. Porque mesmo por pouco tempo, a lembrança de ser planta, de ser cuidada e de ter raízes na terra ficará para sempre. E agora ameaça o vento a lhe arrancar do vaso numa noite dessas. E de novo lhe levar pelo ar para estranhas terras. E novamente ela terá que aprender a se nutrir do ar. Mas por onde for ela levará a lembrança de que um dia foi planta e teve terra e a imagem do jardineiro a regar seu vaso.
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Os guerreiros ninjas vão para o campo; o milho acabou de ser plantado. Obedecendo ao comando do treinador, pulam por cima dos locais onde as sementes foram colocadas.
Todos os dias os guerreiros ninjas voltam para o campo. A semente se transforma em broto, e eles saltam por cima. O broto se transforma em uma pequena planta, e eles saltam por cima.
Não se aborrecem. Não acham que é perda de tempo.
O milho cresce, e os saltos se tornam cada vez mais altos. Assim quando a planta está madura os guerreiros ninjas ainda conseguem saltar sobre ela. Por quê? Porque conhecem bem seu obstáculo.
Mas existe gente que não age assim: quando o problema é pequeno, não dão importância; e quando o problema cresce, sentem-se incapazes de superá-lo.
(Paulo Coelho)
Plante de manhã a sua semente,
e mesmo ao entardecer
não deixe as suas mãos ficarem à toa,
pois você não sabe o que acontecerá,
se esta ou aquela produzirá,
ou se as duas serão igualmente boas.
Eclesiastes 11:6
Bom dia! Deus nos dá todas as ferramentas para construirmos uma vida de virtude e amor, mas para colhermos estes sentimentos, precisamos plantá-los diariamente.
Semeie o que deseja para si e Deus sempre corresponderá! Que seu dia seja abençoado!
É sempre a mulher, é sempre ela
é sempre esse ser que vê a vida
pela janela e a pinta em aguarela
com tons violeta, amor ou magenta.
É sempre a mulher que bate o pé e
se levanta entre a multidão e só não
encanta quem é cativo da desunião.
É sempre ela, a mulher toda ela, tão
bela de coração ardente de antepassado
vivo de ocidente a oriente, toda ela.
É sempre ela, essa mulher tão singela
que vence forças maiores do que ela
que combate poderes e que se revela
na inflorescência de uma planta qualquer.
Quando ela dorme, como dorme a estrela
Nos vapores da tímida alvorada,
E a sua doce fronte extasiada,
Mais perfeita que um lírio, e tão singela,
Tão serena, tão lúcida, tão bela,
Como dos anjos a cabeça amada,
Repousa na cambraia perfumada,
Eu velo absorto o casto sono dela.
E rogo a Deus, enquanto a estrela brilha,
Deus que protege a planta e a flor obscura,
E nos indica do futuro a trilha,
Deus, por quem toda a criação se humilha,
Que tenha pena dessa criatura,
Desse botão de flor que é minha filha.
(Luís Guimarães Jr.)
Minha vida é como um órfão,
Que precisa de um pai para ser feliz.
Minha vida é como um barco,
Que precisa do vento para navegar.
Minha vida é como um rio,
Que precisa das corredeiras
Para chegar ao mar.
Minha vida é como um violão,
Que precisa das cordas para ser sonoro.
Minha vida é como uma planta,
Que precisa do orvalho para sobreviver.
Minha vida é como a lua,
Que precisa do sol para ter brilho.
Minha vida precisa da tua vida,
Para ser vida. Te Amo!