O Vendedor de balões
Era uma vez um velho homem que vendia balões numa quermesse.
Evidentemente, o homem era um bom vendedor, pois deixou um balão vermelho soltar-se e elevar-se nos ares, atraindo, desse modo, uma multidão de jovens compradores de balões.
Havia ali perto um menino negro.
Estava observando o vendedor e, é claro apreciando os balões.
Depois de ter soltado o balão vermelho, o homem soltou um azul, depois um amarelo e finalmente um branco.
Todos foram subindo até sumirem de vista.
O menino, de olhar atento, seguia a cada um.
Ficava imaginando mil coisas...
Uma coisa o aborrecia, o homem não soltava o balão preto.
Então aproximou-se do vendedor e lhe perguntou:
- Moço, se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os outros?
O vendedor de balões sorriu compreensivamente para o menino, arrebentou a linha que prendia o balão preto e enquanto ele se elevava nos ares disse:
- Não é a cor, filho, é o que está dentro dele que o faz subir.
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Que dia incrível,
Hoje ele é todo seu.
Dos corações que se alegram,
O maior deve ser o meu.
Balões, brincadeiras e danças,
Sorrisos por todos os lados,
As pessoas se unem,
O motivo: seu aniversário.
Vamos juntar as mãos,
Bater palmas, cantar o seu nome,
Homenagens não são exagero,
E que hoje o amor seja enorme.
Então receba os parabéns,
Pois o mundo aqui convida,
Os amigos, o amor e a família,
Para celebrar o milagre da vida.
Certa vez houve uma inundação numa imensa floresta. O choro das nuvens que deveriam promover a vida dessa vez anunciou morte. Os grandes animais bateram em retirada fugindo do afogamento, deixando até os filhos para trás. Devastavam tudo o que estava à frente. Os animais menores seguiam seus rastros. De repente uma pequena andorinha, toda ensopada, apareceu na contramão procurando a quem salvar.
As hienas viram a atitude da andorinha e ficaram admiradíssimas. Disseram: Você é louca! O que poderá fazer com um corpo tão frágil?. Os abutres bradaram: Utópica! Veja se enxerga a sua pequenez!. Por onde a frágil andorinha passava, era ridicularizada. Mas, atenta, procurava alguém que pudesse resgatar. Suas asas batiam fatigadas, quando viu um filhote de beija-flor debatendo-se na água, quase se entregando. Apesar de nunca ter aprendido mergulhar, ela se atirou na água e com muito esforço pegou o diminuto pássaro pela asa esquerda. E bateu em retirada, carregando o filhote no bico.
Ao retornar, encontrou outras hienas, que não tardaram muito a declarar: Maluca! Está querendo se heroína!. Mas não parou; muito fatigada, só descansou após deixar o pequeno beija-flor em local seguro. Horas depois, encontrou as hienas embaixo de uma sombra. Fitando-as nos olhos, deu a sua resposta: Só me sinto digna das minhas asas se eu as utilizar para fazer os outros voarem.
(Augusto Cury)
(trecho do livro O Vendedor de Sonhos)